Para falar sobre a Grande Barreira de Corais, primeiro precisamos falar sobre os recifes de corais. O que exatamente é um recife de coral? É uma estrutura subaquática feita de carbonato de cálcio e secretada por corais. É uma estrutura rochosa encontrada em uma plataforma submarina e que foi formada por esqueletos de corais e outros organismos marinhos. A Grande Barreira de Corais está localizada no Mar de Coral, na costa de Queensland, nordeste da Austrália.
O recife, que se estende por cerca de 26.000 quilômetros, é tão grande que pode até ser visto do espaço. É muito difícil saber seu tamanho exato, mas o que sabemos é que ele é considerado o maior e mais importante do mundo. Embora não tenha sido o primeiro explorador europeu a avistar a Grande Barreira de Corais, o inglês James Cook foi o primeiro a realizar uma exploração científica da área após encalhar o HMB Endeavour no recife em 11 de junho de 1770 e permanecer na área por seis semanas enquanto ele estava sendo reparado.3 Então, de uma forma ou de outra, pode-se dizer que foi ele quem a descobriu.
Devido à sua grande diversidade biológica, águas claras e temperadas e fácil acesso, o recife é um destino muito popular entre os entusiastas do mergulho. Por isso, não é difícil encontrar mergulhadores de diferentes partes do mundo que economizam a vida inteira para um dia poder visitar esse recife e vê-lo com os próprios olhos. A Grande Barreira de Corais é frequentemente chamada de o maior animal vivo do mundo. Na realidade, consiste no acúmulo milenar de muitos esqueletos de colônias de corais da ordem Scleractinia, compostos principalmente de carbonato de cálcio e aragonita.

Essas estruturas, que se estendem por quilômetros, abrigam uma das maiores concentrações de biodiversidade do planeta. Uma grande área do recife é protegida pelo Great Barrier Reef Marine Park. A Grande Barreira de Corais foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1981, deixando clara sua importância dentro do mundo natural desta região. Proteção que impõe medidas como, por exemplo, proibir embarcações de recreio de ancorar e desembarcar em corais.
Quem teve o privilégio de viajar até a Estação Espacial Internacional (EEI) diz que ali, de uma altura de mais de 360 quilômetros, se avista um dos elementos terrestres mais reconhecíveis do nosso planeta e, ao mesmo tempo, um dos mais marcantes pela sua beleza, esta Grande Barreira de Corais. É fácil imaginar a sensação que essa formação de corais provoca nos astronautas, pois suas dimensões são impressionantes, quase incompreensíveis, principalmente quando comparadas a outros espaços naturais da Terra. Ou seja, uma distância semelhante à que separa Madri de Budapeste. De fato, muitos o consideram o maior ser vivo do planeta, com uma área de quase 35 milhões de hectares, onde podem ser encontrados até 70 habitats diferentes.
Embora, para ser justo, não se trate apenas de um recife, mas de mais de 2.900, às vezes tão próximos que é lógico agrupá-los como uma única unidade. E, de fato, não é apenas uma linha de barreiras, mas três. Não é de surpreender que James Cook tenha encalhado em um dos recifes durante sua primeira viagem, tornando-se o primeiro explorador europeu a avistar a Grande Barreira de Corais.

É UM GRANDE ZOOLÓGICO MARINHO
Não devemos nos guiar apenas pelo tamanho deste recife de corais.A sensação e a conexão com a natureza vão muito além de seus metros, se não for tudo o que ela consiste. Além da impressão de seu imenso tamanho, a Grande Barreira de Corais é realmente valorizada por ser o habitat de mais de 1.800 espécies de peixes, incluindo 150 tubarões, cerca de 5.000 moluscos e mais de 400 tipos diferentes de corais. Seu rico habitat atrai trinta tipos de cetáceos, como a baleia jubarte, a baleia-anã-minke, vários golfinhos e dugongos, além de mais de 200 espécies de pássaros, incluindo a águia-marinha-de-barriga-branca e a andorinha-do-mar-rosada. Além disso, há vários tipos de anfíbios e répteis a serem mencionados, com raridades como crocodilos de água salgada, que habitam áreas de manguezais, e tartarugas marinhas. Vê-los aproximar-se das praias virgens da região à noite para depositar os ovos em buracos que cavam na areia com enorme paciência é um espetáculo que espanta até os espíritos menos sensíveis. Uma sensação que se multiplica ao presenciar o nascimento e a tortuosa jornada dos filhotes em direção ao mar.
COMO POSSO VISITAR A GRANDE BARREIRA DE CORAIS?
Para explorar o fundo do mar, é melhor planejar sua excursão em um dia em que não haja ondas fortes e quando o sol esteja garantido, o que não é incomum, já que a média de dias ensolarados em Queensland é de 300 por ano. O sol realça as cores dos corais e da maioria das espécies que se refugiam e se alimentam nos recifes, criando um dos espetáculos mais atraentes do planeta. Mas o prazer de contemplar a rica biodiversidade não é algo restrito a mergulhadores experientes. De fato, a limpeza das águas ao redor permite ótima visibilidade da superfície, mesmo para mergulhadores com snorkel. Além disso, muitas empresas de Queensland oferecem passeios em barcos com fundo de vidro ou passeios em pequenos submersíveis. Com um tanque de oxigênio, debaixo d'água, com óculos de mergulho e snorkel, confortavelmente sentado em um barco ou até mesmo nas janelas da Estação Espacial Internacional, a Grande Barreira de Corais é, sem dúvida, uma das maiores atrações naturais do mundo. Não só por ser única, mas também por tudo que a cerca, a experiência de visitar a Grande Barreira de Corais é, sem dúvida, uma das melhores atrações que as pessoas já visitaram no mundo.
Por isso mesmo, nos últimos anos, ele tem estado em sério perigo devido à poluição e à deterioração ambiental: diminuiu pela metade em quase 30 anos, uma situação que preocupa especialmente a Austrália, país onde ele é encontrado, e aqueles que o apreciam e lutam para mantê-lo cuidado e vivo. "Nossos resultados mostram que a resiliência da Grande Barreira de Corais está comprometida em comparação ao passado porque há menos filhotes e menos adultos grandes se reproduzindo." explica Andy Dietzel do Centro de Excelência para Estudos de Recifes de Coral do Governo Australiano. Sem dúvida, a Grande Barreira de Corais é um dos tesouros do nosso planeta e todos nós devemos apreciá-la e cuidar dela igualmente. Você já sabia da existência desse grande ecossistema? Se não, tenho certeza que você vai querer saber mais sobre isso a partir de agora...

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A GRANDE BARREIRA DE CORAIS, O MAIOR RECIFE DO MUNDO
A Grande Barreira de Corais é o maior conjunto de recifes de corais do mundo e está localizada no nordeste da Austrália, no território de Queensland. Abrangendo mais de 340.Com 1.000 km² e mais de 900 ilhas, a Grande Barreira de Corais é considerada o maior ser vivo do mundo (pode até ser vista do espaço!). Um ser vivo no qual milhões de espécies de todos os tipos vivem e se alimentam umas das outras. O que você sabe sobre ela? Aqui contamos fatos super interessantes sobre esse grande tesouro que temos em nosso planeta!
O que você pode ver na Grande Barreira de Corais?
Para realmente aproveitar a Grande Barreira de Corais da Austrália, se surpreender com as cores de seus corais, ver tubarões-corais, tartarugas, peixes-palhaço (Nemo) e ficar sem palavras, recomendamos fazer mergulho com snorkel na Grande Barreira de Corais a partir da área de Cairns/Port Douglas. A Grande Barreira de Corais, o maior recife de corais do mundo, abriga mais de 1.500 espécies de peixes, 411 espécies de corais e dezenas de outras espécies. Qual é o tamanho da Grande Barreira de Corais da Austrália? O ecossistema, que cobre uma área de 348.700 km², possui milhares de recifes e centenas de ilhas compostas por mais de 600 tipos de corais duros e moles. É o lar de inúmeras espécies de peixes coloridos, moluscos e estrelas do mar, além de tartarugas, golfinhos e tubarões.
Qual é a importância da Grande Barreira de Corais?
Devido à sua localização estratégica entre a costa e o mar aberto, os recifes funcionam como barreiras que protegem os manguezais e os bancos de ervas marinhas do ataque das ondas; Os manguezais e pastagens, por sua vez, protegem o recife da sedimentação e servem como áreas de reprodução e berçário para muitas das espécies que fazem parte do ecossistema do recife. Os recifes de corais fornecem alimento e proteção para inúmeras criaturas marinhas, como ouriços-do-mar, tartarugas-de-pente, caranguejos, lagostas, entre outros. Alterações naturais e provocadas pelo homem podem afetar a complexa cadeia alimentar que se desenvolveu ao redor do recife, daí a importância de sua conservação.
Como a Grande Barreira de Corais foi formada?
A Grande Barreira de Corais se estende por mais de 2.500 quilômetros, formando um imenso quebra-mar na costa nordeste da Austrália. Sua origem remonta ao fim da última era glacial. Cerca de dez mil anos atrás, os polos começaram a derreter e o nível do mar subiu, inundando as vastas pastagens da costa australiana. A superfície do mar traçou um novo litoral, e o recife cresceu na costa inundada. Entre os dois havia uma imensa lagoa de águas mornas, pontilhada de ilhas e ilhotas – mais de seiscentas –, áreas que o mar não conseguia cobrir. A Grande Barreira de Corais acabaria dominando mais de três mil recifes. Hoje é o maior ecossistema marinho do planeta, tão gigantesco que pode ser observado do espaço.
Como os corais são afetados pelas mudanças climáticas?
Regiões de recifes de corais foram afetadas por um processo chamado branqueamento. O aumento da temperatura dos oceanos é considerado a causa mais provável. À medida que o mar fica mais quente, as algas, que vivem em simbiose com os corais, abandonam o coral que as hospeda. As algas fornecem nutrientes e cor aos corais. Sem eles, o coral desbota ou descolore. É isso que está acontecendo na Grande Barreira de Corais, por isso a Austrália, país onde ela está localizada, está muito preocupada e pede que as pessoas se conscientizem e ajudem na conservação desse grande tesouro que temos em nosso planeta.

Que atividades você pode fazer na Grande Barreira de Corais?
Mergulho com snorkel: esta é a atividade mais comum e barata para fazer na Barreira de Corais. Para isso, basta alugar uma máscara (caso ainda não tenha) e aproveitar a fauna marinha enquanto nada em águas paradisíacas. Passe a noite em um catamarã: Para visitar todas as ilhas da Barreira de Corais, você pode alugar um catamarã com mais pessoas e passar a noite. Dessa forma, vocês podem visitar todas as ilhas enquanto aproveitam a companhia uns dos outros. Passeio de barco com vista subaquática: se você quer relaxar enquanto observa o fundo do mar, esta é uma ótima opção. São barcos com janelas pelas quais você pode ver o fundo do mar e se surpreender com todas as espécies marinhas. Voos panorâmicos: se você quiser ver a Grande Barreira de Corais da Austrália de cima, esta opção vai te deixar maravilhado. Embora seja uma atividade mais cara que as outras, é altamente recomendada para que você possa se surpreender com a variedade de cores que compõem essas ilhas. Visite a Ilha Heron: Esta ilha é uma das mais famosas entre os visitantes da Grande Barreira de Corais porque, além de poder apreciar um pôr do sol incrível, entre os meses de novembro e março, é possível ver as tartarugas depositando seus ovos na praia.
Quanto tempo os corais vivem?
As colônias de corais são capazes de viver mais de 4.000 anos. Quase nada! Por esta razão, sua conservação e história são muito importantes. Animais que vivem nas profundezas do mar e em temperaturas muito baixas costumam ter uma vida muito longa devido a um metabolismo lento. Por isso, é importante cuidar deles e conservar especificamente as águas em que são encontrados.
Existe algum recife no mundo que seja assim?
O Recife Mesoamericano é o maior recife de corais do Hemisfério Ocidental e o segundo maior recife do mundo, depois da Grande Barreira de Corais na Austrália, e está localizado no Mar do Caribe, ao longo das costas do México, Guatemala e Honduras, estendendo-se por 700 quilômetros da Península de Yucatán até as Ilhas da Baía, no norte da costa do país. A beleza do Sistema de Recifes Mesoamericano atrai milhões de turistas à região todos os anos, pois é uma oportunidade imperdível de mergulhar em lugares remotos, nadar com a maior concentração de tubarões-baleia do planeta e relaxar nas praias espetaculares que existem em todo o MAR.

Quantas espécies de animais existem na Grande Barreira de Corais?
Mergulhar todos os dias na Grande Barreira de Corais não seria suficiente para entender sua imensa diversidade. Basta olhar um metro abaixo da superfície para descobrir um reino de cores e formas fascinantes, povoado por 400 tipos de corais, 1.800 espécies de peixes, 5.000 moluscos, 125 tubarões, 6 das 7 tartarugas marinhas existentes (todas ameaçadas de extinção) e 30 tipos de cetáceos. Podemos encontrar animais exóticos como: tartarugas verdes, arraias manta gigantes, peixes-borboleta, cavalos-marinhos, tubarões cinzentos, amêijoas gigantes, peixes-palhaço... Um ecossistema repleto de espécies diferentes!
Quantos recifes existem no mundo?
Atualmente, existem 13 áreas naturais protegidas (ANP) que incluem áreas com recifes, nove delas estão localizadas no Golfo do México e no Mar do Caribe e as demais estão localizadas no Pacífico e no Golfo da Califórnia.Quase todos eles são protegidos pelas administrações dos países em que estão localizados, ou mais próximos deles. Apesar disso, existem inúmeros movimentos que pedem maior conservação desses tesouros naturais, que podem desaparecer se não forem cuidados as águas e o entorno do ecossistema em que os animais vivem.
Sabemos que agora você está ansioso para visitar este grande tesouro que a natureza nos deu, mas lembre-se! O maior sistema de recifes de corais do mundo está cada vez mais ameaçado pelas alterações climáticas, pela pesca, pelo despejo maciço de pesticidas e pela indústria mineira.
