SOBREVIVÊNCIA: OS 5 CASOS MAIS FAMOSOS
Existem histórias de sobrevivência chocantes, histórias que, quando as ouvimos, são absorvidas. Algumas, felizmente, são apenas histórias fictícias das quais, felizmente, ninguém sofreu, ou assim esperamos. O exemplo mais óbvio é certamente o caso de Robinson Crusoe, o romance de aventura por excelência. Ou não, porque embora o personagem de Robinson seja fictício, na verdade ele é baseado em uma história verdadeira, a do marinheiro Alexander Selkirk. Este romance, escrito por Daniel Defoe, narra as aventuras de um marinheiro que, após naufragar em uma ilha perdida perto da costa venezuelana, precisa sobreviver por nada menos que 28 anos.
Se você se interessa por histórias de sobrevivência, certamente já viu o programa O Último Sobrevivente mais de uma vez. É estrelado por Bear Grylls, um ex-militar e aventureiro britânico que também foi escritor e apresentador de TV. Crylls, pode ser visto por muitos como um "louco sem noção de perigo", e eles não estão errados. Só no programa ele já esteve a ponto de morrer 21 vezes. Pode-se dizer que ele é um especialista em sobrevivência. Já o vimos comendo animais vivos, bebendo todo tipo de água para evitar a desidratação... fazendo o que é necessário para sobreviver em situações extremas.
Existem histórias verdadeiras nas quais esperamos nunca nos encontrar, embora no final você nunca saiba o que a vida pode lhe trazer. Na 1. ARON RALSTON, 2003 Aos 27 anos, Aron Ralston, um mestre montanhista, caminhava sozinho por um desfiladeiro em Utah. Uma pedra de 800 libras se deslocou e caiu, prendendo seu braço. Ele não tinha como escapar e depois de três dias ficou sem água. Dois dias depois ele encontrou uma maneira de se livrar da pedra. Uma solução macabra, mas a única opção para sobreviver: cortar o próprio braço. E como? Com o canivete que ele carregava. Omitiremos os detalhes de como ele fez isso porque eles são assustadores, mas se você quiser saber, ele mesmo explicou isso em uma série de entrevistas, inclusive em sua autobiografia de 2004, Entre suas costas e the wall , e no filme inspirado em sua história: 127 horas. Esse processo levou uma hora. Depois desceu até chegar ao fundo do cânion, e lá conheceu outros caminhantes. Pouco depois, os guardas do parque usaram equipamentos para mover a pedra e recuperar o braço, que mais tarde levariam ao necrotério. 2. HARRISON OKENE: 3 DIAS NO MAR Às 4h30 do dia 26 de maio de 2013, o rebocador de petróleo Jacson 4 virou na costa nigeriana, com 12 pessoas dentro. Todos os tripulantes foram dados como mortos, foi uma verdadeira tragédia. O que ninguém imaginava é o que aconteceria três dias depois. O rebocador foi afundado a 30 metros e mergulhadores mergulharam para retirar os corpos. Um mergulhador viu um braço atrás de uma televisão e, presumindo que fosse outro cadáver, aproximou-se dele. Qual foi a surpresa? O braço o agarrou. Não era um cadáver, era Harrison Odjegba Okene, o cozinheiro do navio, que milagrosamente sobreviveu. Ele teve muita sorte de haver uma bolsa de ar perto de onde estava, muito pequena, mas foi o suficiente. Com airbag, colete salva-vidas e duas lanternas, ele se trancou em uma cabine e esperou o pior. Ele apenas se lembrou de sua família e orou, enquanto ouvia como os animais se divertiam com os cadáveres de seus companheiros. Ele tem muita sorte e é um exemplo de como manter a calma em situações trágicas pode salvar nossas vidas. 3. ERNEST SHACKLETON E O NAVIO RESISTÊNCIA Ernest Henry Shackleton (1874-1922) foi um explorador polar irlandês, uma figura da Era Heroica da exploração antártica. Com longa experiência em expedições à Antártica, mas ainda não satisfeito, estabeleceu um último objetivo: cruzar pela primeira vez todo o território antártico, passando pelo Pólo Sul. Ele chamou esse desafio de “A Expedição Imperial Transantártica”. Para isso, publicou um anúncio no New York Times em que procurava "homens para empreender uma viagem perigosa, frio extremo, longos meses de escuridão total, perigo, regresso não garantido e honra e reconhecimento em caso de sucesso". " Em 14 de agosto de 1941, Schackleton deixou Londres, acompanhado por 27 homens a bordo do “Endurance” (constancia em espanhol). Este navio foi projetado para viagens polares. No entanto, ele não conseguiu navegar no gelo. Em 19 de agosto de 1915, uma camada de gelo cercou e bloqueou o Endurance. Dois meses depois, o navio não resiste e afunda. Os 28 homens conseguem abandonar o navio antes que ele afunde. A partir daí, o líder, Shackleton, assume o controle da situação e estabelece uma espécie de “acampamento” sobre uma camada de gelo, permitindo que sua tripulação sobreviva por até seis meses. Para resistir, eles sacrificaram seus cães e caçaram focas para se alimentarem. Diante da situação insustentável, ele decide mudar de rumo, rumo à Ilha Elefante, onde permanecem 22 homens. Os restantes seis, liderados por "El Jefe", conseguem chegar à Geórgia do Sul e pedir ajuda. Um ano depois, em agosto de 1916, um rebocador chileno resgataria os outros 22. Todos os 28 retornaram para a Inglaterra em segurança. Isto não teria sido possível sem a preparação de Shackleton, nem sem a sua liderança. O seu espírito positivo e sacrifício, a sua esperança, a sua perseverança e o seu apoio ao resto da equipa levaram-no longe. Atualmente continua a ser uma referência estudada como exemplo do melhor líder. O mais incrível é que há poucos dias, em março de 2022, encontraram o Endurance no fundo do mar e está em muito bom estado. Depois de ter sido afundado por mais de cem anos, está intacto, dá até para ler perfeitamente a gravura “Endurance”. 4. TRAGÉDIA NOS ANDES: ACIDENTE AÉREO Em 13 de outubro de 1972, o time de rugby Old Christians estava viajando no avião uruguaio FH-227D para Santiago do Chile para jogar uma partida contra o time dos Old Boys. Com 40 passageiros e 5 tripulantes a bordo, caiu na Cordilheira dos Andes. Doze deles morreram no momento do acidente. Nos dias seguintes, 17 morreram devido às péssimas condições da montanha: fome, ferimentos, frio extremo... tentaram sobreviver com as poucas reservas de alimentos que lhes restavam, mas não foram resgatados. No entanto, ouviram a notícia devastadora numa rádio: a busca por este avião havia terminado. Desesperados, em constante angústia e pressentindo o pior dos finais, fizeram a última coisa que lhes restava. Primeiro comeram o couro dos sapatos, mas com tantos produtos químicos perceberam que eram intoxicantes. Eles não tinham mais opções, então comeram os corpos de seus companheiros. Eles eram a única fonte de proteínas, gorduras, carboidratos... Foi uma decisão tremendamente difícil, mas graças a ela eles continuaram vivos. Eles trabalharam em equipe, muito próximos. Demorou 72 dias desde a tragédia até que eles fossem resgatados. Em 22 de dezembro de 1972, o mundo descobre que 16 passageiros sobreviveram na Cordilheira dos Andes e, em 23 de dezembro, encontram o avião e resgatam os sobreviventes. Esta tragédia é chamada de “Milagre dos Andes”.
5. RON HUNT E UMA PONTA DE 45CM É impossível pensar que alguém poderia sobreviver a isso. Mas é preciso ver casos como esse para acreditar que milagres existem. Em 2003, Ron Hunt, um construtor americano de 41 anos, estava trabalhando em uma escada com uma enorme furadeira. A escada não estava bem presa e Hunt caiu no chão. A broca passou pela cabeça dele de um lado para o outro. Tinha 45 cm de comprimento e 3,5 cm de diâmetro. Entrou pelo olho direito e saiu pela nuca. Quando ele chegou ao hospital, parecia algo saído de um filme. Os médicos retiraram a broca ao contrário. Ele havia perdido um olho e danificado alguns nervos, mas seu cérebro estava intacto. A broca, em vez de passar pelo cérebro, deslocou a massa cerebral para o lado, evitando danos fatais. Ron reconhece que seu caso foi um milagre e está grato por ainda estar vivo. Atualmente, ele usa apenas tapa-olho e pode levar uma vida normal. Estas são as cinco histórias de sobrevivência que mais nos impactaram. Acreditamos que todos eles nos ensinam algo sobre como agir quando nos encontramos em situações trágicas, a importância de manter a calma, nunca perder a esperança e permanecer unidos aconteça o que acontecer. PERGUNTAS E RESPOSTAS Aron Ralston, montanhista experiente, ficou preso enquanto caminhava nas montanhas. Uma pedra se soltou e pegou seu braço. Depois de três dias sem poder se mover, ele teve que cortar o próprio braço para escapar e sobreviver. Um filme sobre a tragédia de Aron Ralston foi rodado em 2010: 127 horas (127 horas), estrelado por James Franco. A pedra que caiu no braço de Aron Ralston pesava 800 libras. Harrison Okene foi o único sobrevivente dos 12 tripulantes do rebocador Jacson 4. Sobreviveu a 30m de profundidade durante 3 dias no Atlântico, até que mergulhadores o encontraram. O navio Endurance, capitaneado por Ernest Shackleton, afundou na Antártida em outubro de 1915, depois de ficar preso no gelo durante dois meses. Coincidentemente, foi descoberto há poucos dias no fundo do mar. Alguns mergulhadores encontraram-no e confirmaram que está em muito bom estado. Depois de ter sido afundado por mais de cem anos, está intacto, dá até para ler perfeitamente a gravura “Endurance”. Dos 45 passageiros, 12 morreram no momento do acidente. Nos dias seguintes, 17 morreram, feridos e não resistindo às condições da montanha. Os 16 restantes sobreviveram, embora tenham enfrentado o pior para permanecerem vivos.